É com o objectivo de preservar a memória colectivo do antigo Externato Delfim Ferreira, de Riba de Ave, que um grupo de antigos professores e alunos vai escrever um livro que pretende eternizar as memórias daquele que foi o primeiro estabelecimento de ensino do concelho a ministrar o ensino secundário.
O projecto é promovido pela Junta de Freguesia de Riba de Ave, contando com o apoio do município local.
Bruno Marques, ex-aluno do colégio e um dos mentores do projecto, avançou, durante a apresentação do projecto, que a ideia surgiu em 2019, altura em que o estabelecimento de ensino privado encerrou portas, mas só foi “reavivada” um ano mais tarde.
Bruno Marques diz que o livro será concebido através da recolha de testemunhos de quem passou pelo externato, desde professores, directores, alunos, sem esquecer também os auxiliares de acção educativa. “Mais do que contar a história do externato, a ideia é, sobretudo, é recolher as sensações, os sentimentos, as experiências, as vivências daqueles que passaram pelo Externato Delfim Ferreira”, diz o coordenador do projecto, referindo que todos são convidados a colaborarem com o seu testemunho na elaboração deste memorial. “É com esses contributos que pretendemos fazer per- durar no tempo aquilo que era o Externato Delfim Ferreira”, diz Bruno Marques, adiantando que o núcleo de coordenação do livro é constituído por quatro ex-docentes e dois ex- alunos.
Todos os interessados podem fazer chegar o seu testemunho através do email edf.olivro@ gmail.com ou através a junta de freguesia.
O livro, que deverá ter entre 500 a 700 páginas onde serão reunidos cerca de quatro centenas de testemunhos, será apresentado em 2022, ano em que o externato completaria 60 anos de existência.
A coordenação conta lançar cerca de 1500 exemplares que serão colocadas à venda em vários pontos. Ainda sem valor definido, a presidente da junta de freguesia de Riba de Ave já fez saber que a verba angariada será investida no sector da educação.
Susana Pereira referiu que o Externato Delfim?Ferreira “é um pilar de Riba de Ave e o rosto do desenvolvimento social e histórico da vila”, e que este livro constitui uma forma de preservar o seu legado “para que a memória colectiva ficasse registada e pudesse ser transmitida às gerações futuras”.
O vereador da Educação da câmara de Famalicão sublinhou a determinação dos que pretendem preservar a memória de uma instituição por “tudo o que deu à comunidade e, desde logo, a eles próprios. “Essa preservação da memória não deixa de ser uma tónica de uma cidade, de uma comunidade que se quer educadora”, disse Leonel Rocha, enfatizando a importância que este colégio teve no concelho. “Foi determinante para as gentes daquela região, mas também para a população geral do concelho. Foi a primeira instituição a receber o ensino secundário e acolheu alunos de todo o concelho e até fora dele”, ressalva o vereador da câmara de Vila Nova de Famalicão.