GDR Santa Tecla prepara duas semanas de grande actividade
2024-02-22 às 07h00
AGERE apresenta resultados dos últimos 25 anos e perspectiva desafios futuros. Reaproveitamento de resíduos orgânicos é um deles.
O presidente do conselho de administração da Agere, Rui Morais, confirmou ontem para “muito breve” o arranque das obras da nova Estação e Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Este, adiantando que este investimento de 30 milhões de euros “é reconhecido como prioritário pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”.
Ao lado do responsável da Agere, na conferência ‘No caminho para a sustentabilidade integral, o vice-presidente da APA, José Pimenta Machado, considerou a nova ETAR “fundamental para repartir o risco” da rede de saneamento básico do concelho de Braga que está todo concentrado na ETAR de Frossos, com consequências ambientais no “muito massacrado” rio Torto .
“A ETAR de Frossos é vítima do sucesso de Braga, do seu crescimento”, afirmou o vice- -presidente da APA, relevando a importância da nova ETAR que drenará para outra bacia hidrográfica.
Na conferência que assinala os 25 anos da criação da empresa municipal de águas, efluentes e resíduos, o administrador da Agere destacou alguns dados de desempenho, nomeadamente a cobertura integral do concelho de Braga com redes de abastecimento de água e de esgotos, cada uma delas com mais de mil quilómetros de extensão.
Nos últimos 25 anos, a Agere realizou investimentos no valor de 136 milhões de euros.
Neste período de tempo, a empresa captou 332 milhões de m3 de água, tratou 288 m3 de esgotos e recolheu mais de 1,5 milhões de toneladas de resíduos urbanos.
O presidente do conselho de administração da Agere apontou a recolha selectiva e o reaproveiramento de bio resíduos como outra das prioridades futuras, salientando que a Braval, empresa que tem como accionistas os municípios de Braga, Amares, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde, investiu 22 milhões de euros numa estação de tratamento mecânica e numa central de valorização orgânica, o que representa capacidade para valorizar 30 mil toneladas de lixos orgânicos e 10 mil toneladas de resíduos verdes.
Na conferência da Agere foi feita uma reflexão sobre as principais tendências da governança ambiental, social e corporativa para 2024 e de como esses aspetos devem ser considerados no processo de tomada de decisões empresariais, tendo em mente o desenvolvimento económico de sustentável.
Foi abordada a estratégia de desenvolvimento sustentável doMunicípio de Braga, o apoio às organizações, públicas e privadas, para a incorporação dos princípios e valores da sustentabilidade.
Foram abordados o crescimento da economia circular, comunidades energéticas e aproveitamento biometano das águas residuais. A ETAR do Este disporá de condições para aproveitamento energético das lamas resultantes dos esgotos tratados.
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