“O Parque das Sete Fontes ainda pode demorar”, afirmou ontem o vereador da Câmara de Braga que tutela o Urbanismo, João Rodrigues.
Num debate que teve lugar na Livraria 100.ª página durante a apresentação do n.º 33 da revista ‘De Facto’, do agrupamento de Escolas Alberto Sampaio, o também candidato à presidência da Câmara garantiu que se alguém tem um prazo para a execução do parque que ali está previsto “ou mente, ou não sabe do que está a falar”.
O?autarca, que lembrou a sua formação de jurista, explicou que o Plano de Urbanização em curso envolve processos que sob o ponto de vista dos direitos em presença tendem a demorar.
Teresa Barbosa - da ASPA, Associação de Defesa, Estudo e Divulgação do Património, fez um recuo a 1995, quando este organismo pediu a classificação do complexo monumental do século XVIII. Passou pelo ano 2001 com o PDM, depois 2009 com a obra do novo hospital e uma petição com mais de 5000 assinaturas, e já em 2011 a classificação como monumento nacional - com criação de uma zona especial de protecção, 2013 com as eleições autárquicas e 2021, com o Plano de Urbanização em Diário da República.
O actual presidente da Junta de Freguesia de São Victor, que é arqueólogo e também candidato à Câmara, lembrou que tem efectuado visitas guiadas ao local, questionou como vai ser quando deixar de ser presidente da Junta, sem competência institucional para fazer as visitas e revelou que fez uma proposta à Agere, empresa municipal de gestão de água, para formar técnicos no sentido de os capacitar para fazer visitas guiadas - e que ainda aguarda resposta.
Do público, uma professora levantou o braço a pedir a palavra e questionou João Rodrigues: se este processo começou já em 1995 e passaram 30 anos por que ainda vai demorar?