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2019-02-23 às 06h00
Belenenses quebrou a invencibilidade caseira do SC Braga. Há um ano e dois meses que os guerreiros não perdiam na Pedreira. Noite infeliz.
É o pior momento da época para o SC Braga. Depois da derrota com o Sporting, em Alvalade, os guerreiros somaram o segundo desaire consecutivo - há um ano e meio que não se via tal registo no campeonato bracarense - e a primeira derrota em casa na I Liga, em jogo da 23.ª jornada. Há 18 anos que o Belenenses não ganhava em Braga e há um ano e dois meses que os guerreiros não perdiam em casa...
Fortaleza da Pedreira ruiu com estrondo, perante um Belenenses altamente organizado defensivamente, numa muralha de cinco homens, que retirou todo e qualquer discernimento a uns guerreiros apáticos, sem qualquer dose de inspiração e transfigurados, com seis mudanças no onze. Sem os castigados Raúl Silva e Fransérgio, Abel lançou Ailton, Murilo e Eduardo, pouco utilizados pelo técnico - talvez já com a eliminatória da Taça de Portugal com o FC Porto no pensamento - mas a aposta não foi feliz.
Os guerreiros até entraram fortes em campo, com Dyego Sousa a dar o primeiro aviso logo aos quatro minutos. Na cara de Muriel, o avançado rematou para uma boa defesa do guardião e, pouco depois, foi Wilson a colocar à prova o guarda-redes com um remate cruzado desviado numa grande defesa para canto.
Houve mais SC Braga nos primeiros dez minutos, é certo, mas foi o Belenenses a aproveitar da melhor forma as fragilidades de uma equipa com seis mudanças e, claramente, pouco organizada e sem processos. Numa recuperação de bola, Zakarya combinou com Licá, ultrapassou Palhinha e assistiu o avançado, que ainda atirou para golo, lance anulado depois de Nuno Almeida recorrer ao VAR, por posição irregular do marroquino.
Jogada denunciou um Belenenses determinado em aproveitar os erros e, por outro lado, revelou alguns problemas na dinâmica da equipa da casa, com falta de comunicação entre entre Eduardo e Murilo.
O golo anulado espevitou a equipa de Belém, que equilibrou a balança, estancou o ataque bracarense e dificultou a tarefa dos guerreiros, que mostraram pouca criatividade para ultrapassar a muralha de cinco defesas azuis.
A tentar responder em contra- -ataque, a equipa de Silas aproveitou a passividade do SC Braga para inaugurar o marcador. Não foi à primeira, foi à segunda. Canto curto, Tiago Sá travou o cabeceamento de Nuno Coelho, mas, na recarga, a bola sobrou para os pés de Kikas, que atirou em cheio para o fundo das redes. Enorme passividade da defensiva bracarense...
O SC Braga tentou reagir, mas os visitantes mostraram-se bem organizados e, à excepção de um remate de Wilson para a pedreira, pouco mais se viu. Ao intervalo, a eficácia dos azuis do Restelo fazia a diferença.
Após o reatamento, esperava- -se um SC Braga com outra cara, mas a verdade é que se manteve pouco acutilante, deixando à vista erros de organização fatais e pouco discernimento. E foi a eficácia a falar, de novo, mais alto. Eduardo serviu Licá que, de pé esquerdo, fuzilou Tiago Sá.
Abel lançou Paulinho logo a seguir, Trincão e Xadas, mas as apostas pouco acrescentaram. A carregar à procura de chegar ao golo, o melhor que o SC Braga conseguiu foi um remate de Paulinho à barra.
Abel Ferreira: “Não fomos tão assertivos como é normal”
Muito coração e pouco discernimento. Abel Ferreira admitiu não ter sido um bom jogo do SC Braga, falou em falta de assertividade e negou qualquer poupança em termos de plantel para a eliminatória da Taça de Portugal, frente ao FC Porto, agendada para a próxima terça-feira.
“É verdade que não foi um jogo muito assertivo, mas, em produção ofensiva, diria que a diferença esteve na eficácia. Tivemos oportunidade para poder abrir perante um adversário altamente fechado, a equipa tentou tudo, mas não fomos tão assertivos como o que é normal. Temos que olhar para este jogo e perceber isso, perceber também que é duro perder depois de estar um ano e dois meses sem perder em casa, daí o respeito que os adversários têm. Para mim a diferença esteve na eficácia”, sublinhou o treinador do SC Braga, considerando o resultado “demasiado penalizador para o que as equipas criaram”.
“Não estivemos no nosso melhor em termos de eficácia e discernimento. O futebol é isto, vamos continuar o nosso caminho, porque em Maio sim fazemos as contas e vemos o que é que nos toca”, frisou.
Quanto às mudanças no onze, Abel explicou as seis alterações na equipa: “alguns deles estavam castigados, o Sequeira tinha um problema no pé, embora estivesse no banco. Jogaram aqueles em que acreditamos. São aqueles que entendemos que neste jogo eram os melhores. Honestamente, a sensação com que fico é que podíamos estar aqui a noite inteira que seria difícil fazer golos. Faltou assertividade e temos de destacar a aglomeração do adversário em frente à baliza, o que causou dificuldades”.
Com uma linha de cinco defesas, a estratégia do Belenenses não surpreendeu o treinador arsenalista, porque “é isto que tem feito contra os grandes”. “É fruto de todo o crescimento do clube, se quiserem ver pela parte positiva, é fruto do respeito que têm por nós, vários adversários vêm cá assim”, rematou Abel Ferreira.
19 Março 2024
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