A Associação Empresarial de Braga (AEB), em parceria com a Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), a InvestBraga e a UBS, o principal banco gestor de activos do mundo, com sede na Suíça, analisou, ontem, aqueles que serão as tendências financeiras para 2025, assim como os factores que influenciarão o mercado. Na sessão, que decorreu no Hotel do Elevador, no Bom Jesus, estiveram presentes várias instituições financeiras locais, assim como empresários que ouviram atentamente aquelas que são algumas das linhas que integrarão o Outlook da UBS que será lançada no próximo dia 21.
Em declarações ao CM, Carlos Santos Lima, Country Head do UBS, explicou que estas acções tem como objectivo a partilha da visão do banco, do seu outlook sobre os mercados. “Temos andado pelas capitais de distrito numa lógica de aproximação às pessoas”, afirma o responsável, sublinhando que esta é uma actividade para “crescer e apostar”.
A UBS é o primeiro banco a nível mundial que procede ao lançamento do Outlook para o ano financeiro seguinte.
Coube a Tiago Saraiva, Senior Investment Consultant UBS, a apresentação daquilo que são as projecções financeiras para 20- 25, começando por dizer que se espera um “ano de continuidade do ciclo económico”.
O especialista de investimentos lembrou que os últimos anos foram muito marcados, sobretudo, pelo desenvolvimento da inflação, facto que obrigou os bancos centrais a adoptar outro tipo de políticas monetárias. “Actualmente estamos na inversão deste ciclo, coma descida das taxas de juro e da inflação. Acreditamos que o mundo continuará a crescer, até porque existem bons sinais ao nível do desemprego, das poupanças das família”, diz.
“A poupança das famíias está muito elevada e acreditamos que, havendo alguma estabilidade e descida da taxa de juro, alguma dessa popupança poderá ser posta a circular. Nesse lógica o consumo irá animar”, prossegue.
Tiago?Saraiva refere ainda que depois de alguma turbulênca, estamos a entrar numa fase de estabilidade, com os bancos centrais a cumprimir o seu manda- do, a estimular a economia “e isso torna-se particularmente positivo na Europa que está numa fase muito menos pujante da sua economia”.
O especialista sublinha que estas tendências de longo prazo poderão ser benéficas para quem “tem a predesposição de investir”.
Na sessão de abertura, o vice-presidente da AEB, Daniel Vilaça, falou de alguns indicadores na economia nacional e as perspectivas dos portugueses para o futuro. Varico Pereira sublinhou que a produtividade nacional “tem de deixar de ser das mais baixas da união europeia” e isso implica mais inovação, mais retenção de talento, mais atracção de investimento e capital, uma melhor gestão das empresas”.
Gil Carvalho, director da InvestBraga - que representou também a câmara de Braga -, falou do papel daquele organismo a nível nacional e internacional, nomeadamente na atracção de investimento para o território. O responsável refere que é necessário estarmos atentos a alguns factores que podem influenciar os mercados, frisando o mais rescente, a eleição do novo presidente dos EUA.
Fátima Amorim, da ACEGE, destacou a importância destas parcerias para os empresários. “Sem união é muito mais difícil chegar mais longe”, referiu a responsável.