Enchente no fim-de-semana de arranque da primeira grande romaria povoense
2021-06-26 às 08h03
Com residuos do sector do vinho, o projecto Biovino tem um potencial ambiental e um forte impacto económico ao criar novas indústrias.
O Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho (UMinho) é um dos parceiros do projecto transfronteiriço Biovino e está a testar a produção de biocombustível a partir de resíduos da produção vitivinícola. Este projecto vai ter um forte impacto pelo seu potencial ambiental, mas vai também permitir criar novos negócios de tecnologia avançada no interior Norte e Centro de Portugal.
Lucília Domingues, investigadora responsável por este projecto no CEB, destaca que o primeiro passo foi realizar o levantamento dos resíduos gerados pela actividade vinícola no Norte e Centro de Portugal e nas regiões da Galiza, Castilha e Léon, de Espanha.
A cientista dá conta de alguns avanços entretanto realizados, destacando que a equipa do CEB “está centrada no desenvolvimento de processos secundários de bio-refinarias e tem vindo a trabalhar na valorização de resíduos vinícolas para a produção do biocombustível, etanol e também para a produção do adoçante xilitol, com resultados muito promissores”.
Com um financiamento europeu superior a 600 mil euros, este projecto transfronteiriço reúne seis infra-estruturas de investigação de Portugal e Espanha e tem como principal objectivo fornecer as bases para implementar uma bio-refinaria (uma plataforma industrial que permite a utilização de biomassa para produzir combustíveis, electricidade, calor, e derivados refinados), que permitirá utilizar, de um modo rentável e eco-sustentável, os sub-produtos e desperdícios gerados pelo sector do vinho.
O objectivo é, na perspectiva da promoção da economia circular, que produtos até aqui tratados como resíduos possam ser transformados em novos materiais, nomeadamente biocombustíveis avançados, bioplásticos, ácidos orgânicos, entre outros.
De destacar que o Biovino (Interreg V-A España-Portugal POCTEP) apresenta-se ainda como uma “excelente oportunidade para potenciar a diversificação, a sustentabilidade e a rentabilidade do sector vitivinícola” nas regiões a que se destina, uma vez que vem propor “novas estratégias de valorização dos subprodutos e resíduos, para transformá-los em novos compostos de alto valor acrescentado, cada vez mais procurados pelo sector industrial”.
A actuar nas áreas da biotecnologia e bioengenharia para os sectores ambiental, saúde, industrial e alimentar, o CEB é um dos mais dinâmicos centros de investigação do país e está integrado na Escola de Engenharia da UMinho. Neste centro estão reunidos cerca de 400 investigadores de 20 nacionalidades, que realizam uma elevada actividade científica.
17 Março 2024
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