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2024-11-01 às 16h30
Quase 275 mil condutores foram apanhados em excesso de velocidade pelos radares geridos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) no primeiro semestre do ano, um aumento de 47% face ao mesmo período de 2023.
Segundo o relatório da ANSR de sinistralidade a 24 horas e fiscalização rodoviária de junho de 2024, o número de condutores fiscalizados no sistema de radares da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária aumentou 83,8%, entre janeiro e junho, face a período idêntico de 2023.
O relatório dá conta de que nos cinco primeiros meses do ano, foram fiscalizados 114.363.110 automóveis que passaram pelos radares do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (Sincro), enquanto em igual período do ano de 2023 foram 62.230.359.
As multas que resultaram da fiscalização dos radares do Sincro aumentaram 47,3%, passando de 186.175 de janeiro a junho de 2023 para 274.257 no mesmo período deste ano.
“Em relação ao principal tipo de infração, o excesso de velocidade, assinalam-se os acréscimos de 47,3% no sistema SINCRO da ANSR, enquanto se registaram decréscimos de 54,6% na PSP e de 32,2% na GNR”, precisa o documento.
O relatório destaca também que, entre janeiro e junho, as autoridades fiscalizaram 118,9 milhões de veículos e detetaram 453,6 mil infrações, o que representa um aumento de 3,4% face ao período homólogo do ano anterior.
De acordo com o documento, cerca de 70% do total de infrações registadas nos seis primeiros meses do ano foi referente a excesso de velocidade, que registou um aumento de 19,5%.
Nas restantes tipologias de infrações verificaram-se decréscimos, destacando-se, para além das relativas ao cinto de segurança e da utilização do telemóvel (-46,1% e -32,7%, respetivamente), as relativas aos sistemas de retenção para crianças (-25,9%).
Relativamente à condução sob a influência de álcool, o número de infrações diminuiu 24,4% nos primeiros seis meses do ano, que totalizaram 12.896, enquanto no mesmo período do ano passado tinham totalizado 17.052.
A ANSR indica também que a criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, diminuiu 40,2% por comparação ao período homólogo de 2023, atingindo 10,9 mil condutores.
Do total, 56,7% deveu-se à condução sob a influência de álcool (-38,5%), seguindo-se 33,4% por falta de habilitação legal para conduzir (-43,5%).
Até junho de 2024, cerca de 708,6 mil condutores perderam pontos na carta de condução.
Desde junho de 2016, data de entrada em vigor do sistema de carta por pontos, 3.257 condutores ficaram com o seu título de condução cassado, indica ainda a ANSR.
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