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Remodelação do quartel dos Bombeiros Voluntários de Valença prevista para 2024
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Remodelação do quartel dos Bombeiros Voluntários de Valença prevista para 2024

Alto Minho

2023-09-25 às 06h00

Miguel Viana Miguel Viana

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valença aguarda candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência para poder avançar com a remodelação do quartel, avaliada em cerca de 700 mil euros.

Citação

A remodelação do quartel dos Bombeiros Voluntários de Valença deve deve avançar no próximo ano. Essa é a convicção da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valença (AHBVV), que na terça-feira passada fez 104 anos de existência. Contudo, o aniversário só foi comemorado ontem com uma sessão solene.
O projecto de remodelação, no valor de 700 mil euros, aguarda a aprovação de candidatura no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). Entretanto estão a ser instalados, por conta da AHBVV, os carretéis (dispositivo para enrolar as mangueiras fixas) e fazer a ligação à rede de abastecimento de água.

“O quartel já está registado nas Finanças e na Conservatória, só falta a legalização, e nós tivemos de instalar os carretéis. Agora temos que abrir uma vala na parada para ligar os carretéis. Falta apenas essa ligação de cerca de 20 metros. Vamos fazer a vala depois de comemorarmos o nosso aniversário. Essa vala permite fazer a ligação à rede da Águas do Alto Minho”, explicou Abel Guerreiro, presidente da AHBVV.
O responsável prevê que as obras de instalação das canalizações estejam concluídas em Outubro e presume que “se a candidatura (ao PRR) for aceite, “iniciaremos as obras de remodelação do quartel no próximo ano. Só o caderno de encargos custa 50 mil euros, mas só vamos avançar se tivermos a confirmação da aprovação da candidatura”, salientou Abel Guerreiro.

Outra das pretensões da AHBVV é a substituição de viaturas para o transporte de doentes não urgentes. “Algumas já estão obsoletas e têm mais de um milhão de quilómetros”, disse Abel Guerreiro.
A corporação precisa, também, de um novo veículo de desencarceramento (VSAE). “Nós estamos numa zona de fronteira terrestre muito movimentada, por onde passam muitos camiões com matérias perigosas. Precisamos, por isso, de um VSAE maior, mas custa pelo menos 300 mil euros e a associação não dispõe desse dinheiro”, disse Abel Guerreiro.
A Câmara Municipal de Valença ajudou na reparação do veículo-plataforma, que ontem foi apresentado.

“Novo VSAE é essencial para a nossa acção”

A aquisição de um novo Veículo de Socorro e Apoio Especial (VSAE - desencarcerador) é a principal necessidade sentida pelo corpo activo dos Bombeiros Voluntários de Valença (BVV).
Hélder Trancoso, comandante dos BVV explicou que a viatura é essencial para o bom desempenho da corporação.
“Temos uma ferrovia e uma auto-estrada muito movimentadas na nossa região e com ligação à Galiza. Passam aqui muitas viaturas e comboios com matérias perigosas e precisamos de estar preparados para qualquer ocorrência. Por isso precisamos de um camião com material pesado de desencarceramento (o VSAE), para podermos prestar um socorro mais rápido e eficaz. O VSAE que temos já está ultrapassado”, disse Hélder Trancoso, dando conta de que a aquisição da viatura está a ser avaliada pela direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valença.

De resto, em termos de equipamentos, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Valença considera que a corporação está bem apetrechada.
“O nosso equipamento ainda está razoável e serve para as nossas necessidades. Em Março passado a direcção da Associação Humanitária comprou equipamentos de protecção individual para combate a incêndios urbanos e industriais. Cada elemento tem o seu próprio equipamento”, indicou Hélder Trancoso.
O reforço do corpo activo é outra das metas a atingir a breve prazo, pela equipa de comando liderada por Hélder Trancoso.

“Naturalmente como em todos os bombeiros do país, também sentimos a crise do voluntariado. É uma situação transversal a todos os corpos de bombeiros de Portugal. Recentemente fizemos uma campanha de recrutamento de novos bombeiros e bombeiras e vamos iniciar uma nova escola de bombeiros”, anunciou o responsável pelo comando dos Bombeiros Voluntários de Valença. A instrução deve iniciar em Outubro e prolongar-se até meados de 2024. A escola de bombeiros deve contar com 10 a 15 inscritos que em 2024 deverão juntar-se aos restantes 45 elementos que compõem o corpo activo dos BVV.
Hélder Trancoso assumiu o comando dos Bombeiros Voluntários de Valença a 11 de Março deste ano.

Bombeiros desempenham acção fundamental para o bem-estar dos cidadãos

O presidente da Câmara Municipal de Valença, José Vaz Carpinteira, destacou ontem a “acção fundamental” dos Bombeiros Voluntários para o bem-estar dos cidadãos velencianos. Falando na sessão comemorativa dos 104 anos dos Bombeiros Voluntários de Valença, o autarca lembrou a acção dos ‘Soldados da Paz’ locais em várias vertentes. “O combate na linha da frente dos incêndios, a proximidade à população durante a pandemia da Covid- -19, o suporte imediato nos acidentes e emergência médica e a protecção das pessoas e bens em situações de calamidade natural. Tudo isto são funções que eu, enquanto autarca, e toda a população valenciana prezamos. Muito obrigado pelo vosso esforço e pelo vosso trabalho”, disse Vaz Carpinteira.

O edil de Valença frisou que o município está atento às principais necessidades da corporação e da Associação Humanitária. Deu como exemplo, o reforço do subsídio municipal anual atribuído à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valença. “Ao abrigo do pro- tocolo em vigor, o município de Valença prestou, em 2023, um subsídio ordinário para o financiamento da sua actividade, alcançando os 60 mil euros por ano. Definimos, também, subsídios extraordinários para outros investimentos necessários, tal como o apoio para a recuperação da auto--escada (veículo plataforma), no valor de 33 mil euros”, afirmou Vaz Carpinteira. Em relação à legalização do quartel, o autarca, revelou que já foi feito o levantamento topográfico da zona, e “definimos um subsídio extraordinário de 15 mil euros para o projecto e a instalação dos carreteis. O processo está em bom ritmo”.
O município assume ainda o financiamento da equipa de Intervenção permanente no valor de cerca de 85 mil euros. Em dois anos, a autarquia investiu 250 mil euros.

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