Crescimento é possível com “alinhar de vontades” e co-responsabilização
2021-01-16 às 09h00
Longe do cenário vivido no primeiro confinamento, as ruas do centro da cidade estavam ontem muito menos concorridas do que é habitual. Comerciantes, que estão de portas abertas, confessaram que estão ”melhor preparados” para actual cenário.
Longe do cenário do primeiro confinamento, as ruas do centro da cidade de Braga estavam muito menos concorridas do que é habitual, mas mesmo assim, muitos passeavam e apanhavam sol, tentando fintar o recolher obrigatório. Naquela que foi a primeira manhã do segundo confinamento decretado pelo Governo no âmbito da pandemia de Covid-19, até 30 de Janeiro, a vida no centro da cidade “abrandou o ritmo”, mas muitos não conseguiram ficar em casa.
Na zona da Arcada, agentes da Equipa de Prevenção e Reacção Imediata (EPRI) da PSP aconselhou os idosos, que estavam sentados no muro a apanhar sol, a voltarem para casa. O conselho foi acatado de imediato. Pelas ruas do centro da cidade, outros agentes vigiavam algumas das ruas principais e houve até um agente que entrou num café para perceber se o número de clientes no interior estava a ser cumprido, já que havia fila à porta.
Pelas principais ruas destacava-se o silêncio, já que a maioria das lojas estavam fechadas: boutiques de roupa, sapatarias, esteticistas ou cabeleireiros, que ficaram de fora das excepções dos estabelecimentos de bens e serviços essenciais.
Algumas pessoas seguiam em passo apressado. Nas mãos, levavam sacos com compras. Mas a grande maioria, sobretudo os mais idosos, caminhavam a passo lento.
Lurdes Silva trabalha numa das casas de jogos sociais do centro da cidade e destacou a “diferença” em relação ao primeiro confinamento. “Hoje [ontem] há mais pessoas na rua. As pessoas foram levar os filhos à escola ou precisaram de ir à farmácia ou ao banco e aproveitaram para vir jogar”, contou.
Lurdes Silva já esteve infectada. “Estive a trabalhar o ano passado todo e não apanhei nada, mas em Dezembro, como sou cuidadora, acabei por ser infectada. Não tive quase sintomas, apenas algumas dores no corpo, e o meu marido só perdeu o olfacto”, recordou.
Depois dos “abusos nas festas agora todos estão a pagar as consequências”, apontou o dedo.
Da primeira vez que o país esteve em confinamento, Lurdes Silva confidenciou que “foi assustador”. “Fechou tudo e foi tudo de um dia para o outro. Desta vez, as próprias lojas que podem continuar abertas já estão preparadas”, referiu Lurdes Silva, admitindo que o frio leva as pessoas cedo para casa.
Mais à frente, o Correio do Minho falou com o proprietário de uma loja de ferragens e drogaria. Domingos Brás confessou que já teve menos clientela ontem de manhã. “No primeiro confinamento, também podíamos estar abertos, mas decidimos fechar porque estava com medo, já que não tínhamos protecção adequada, não havia gel nem máscaras. Desta vez estamos preparados”, garantiu.
O comerciante defendeu que “devia fechar tudo”, acreditando que “esta situação, com tantas excepções, não vai resolver nada e daqui a 15 dias o Governo vai ter que fechar tudo”. “Andam uns a puxar para a frente e outros a puxar para trás e assim não vamos conseguir sair desta situação tão cedo”, lamentou.
06 Março 2021
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