IP avança com concurso para o Nó de Infias
2025-04-27 às 06h00
Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, encabeça, pela terceira vez consecutiva, a lista do partido às eleições legislativas pelo círculo de Braga. Em entrevista, defende uma verdadeira governação reformista do Estado, algo que diz não ter encontrado no executivo de Luís Montenegro.
Rui Rocha, cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal (IL) pelo círculo de Braga nas eleições legislativas de 18 de Maio, defende que “a necessidade de políticas reformistas em Portugal não fica adiada pela situação política internacional”, antes pelo contrário, “essa circunstância obriga que essa mudança aconteça de forma ainda mais firme”.
Em entrevista à rádio Antena MinhoCorreio do Minho/CMinhoTV, o líder da IL, que se candidata pela terceira vez consecutiva pelo distrito onde reside, alegou a “absoluta necessidade de promover o crescimento económico do país”, já que “não podemos continuar a ser o país dos salários de mil euros, da enorme dificuldade de acesso à habitação e à saúde pelos mais desfavorecidos”.
Rui Rocha constata que “o que esta legislatura de forma abrupta mostrou é que o PSD não tem essa capacidade reformista, de trazer políticas de mudança ao país”.
Em entrevista conduzida pelo jornalista Rui Sequeira, o cabeça-de-lista dos libertais, acrescenta que “o PSD, com demasiada facilidade encosta-se ao PS, adopta para si políticas que o PS, ao longo dos anos adoptou e que levaram ao agudizar dos problemas que citei”.
Assim sendo, “a conclusão que tiramos é que é mesmo absolutamente necessário que haja uma dimensão reformista da governação e que essa visão existe apenas na IL”.
Questionado sobre uma eventual participação da IL num futuro Governo de direita ou num acordo parlamentar que o viabilize, Rui Rocha responde que “o aspecto absolutamente decisivo é que essas políticas reformistas e essa visão de desenvolvimento do país estejam absolutamente asseguradas”.
O líder da IL assegura que “estamos comprometidos com os portugueses na necessidade de assegurar condições de governabilidade e de estabilidade política. O nosso compromisso é com a estabilidade e com as reformas necessárias.”
Nesse sentido, a IL exige como condição para uma possível solução governativa “que os impostos sobre as famílias e as empresas desçam”, porque “é absolutamente necessário que as pessoas tenham mais dinheiro no final do mês e que as empresas sejam competitivas com outras empresas da Europa. Para isso temos mesmo de mudar o sistema fiscal. Temos de ter um país que diz que o sucesso é bom, que crescer de forma lucrativa é bom. Na habitação temos de construir, construir. É uma absoluta necessidade do país”.
Justificando a queda da proposta de taxa única de IRS, Rui Rocha afirma que a ambição da IL “é a mesma”, só que “temos uma situação internacional complexa, que implica um sentido de responsabilidade que nos leva, para esta legislatura, com ambições que terão de esperar um pouco”.
Ainda sobre política fiscal, Rui Rocha observa que, “se olharmos para o que a AD fez, a descida do IRS foi praticamente inexistente para a generalidade das pessoas, a promessa de descida de impostos não foi cumprida. É normal que as pessoas fiquem zangadas e que procurem as soluções da IL de verdadeira descida de IRS”.
Refere o líder da IL que a proposta do partido para a nova legislativa “é da descida de IRS correspondente a 2,4 mil milhões de euros de alívio às famílias, mais ambiciosa que a da AD e mais rigorosa. Dizemos, claramente, onde é preciso fazer uma redução da despesa para que essa descida de IRS possa ser feita”.
Falhanço quase total da governação na Saúde
“O Estado deve focar-se nas suas funções essenciais. O que os portugueses precisam que o Estado faça é assegurar serviços e uma presença robusta nas suas funções essenciais: segurança, defesa, edu- cação, saúde, solidariedade social. O Estado não deve estar em muitas outras áreas onde desperdiça recursos avultadíssimos. Em 2023, 5,6 mil milhões de euros foram para injecção de capital na TAP, perdão de dívida da CP ou para a nacionalização da EFACEC”, regista Rui Rocha, o cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal (IL) por Braga nas próximas eleições legislativas.
Na abordagem ao problema da habitação, Rui Rocha entende que se vive em Portugal “uma profundíssima crise, um verdadeiro escândalo, que decorre de políticas erradas de governos do PS e que o Governo da AD tomou também, agravando esta situação”.
Para melhorar a situação, o líder da IL propõe duas medidas: “a redução do IVA da construção e a simplificação dos processos de licenciamento”, para que deixe de “ser um martírio construir uma casa em Portugal”.
Rui Rocha acrescenta que “é preciso também tratar do mercado do arrendamento, acelerar a justiça nas questões do arrendamento e descer de 25% para a 15% a tributação dos rendimentos dos proprietários”.
Na apreciação à actual governação neste sector, o líder da IL diz que “as medidas da AD trouxeram mais procura para o mercado’, só que “teriam de ser acompanhadas de medidas do lado da oferta”. Só que “não foi concretizada uma única medida do lado da oferta” e “a AD não fez nada em matéria de arrendamento”.
No que à Saúde diz respeito, Rui Rocha reconhece que “temos uma visão completamente diferente da AD”.
Para a IL, “os portugueses têm todo o direito de escolher a unidade de saúde onde querem ser tratados”, reproduzindo “o que se melhor se faz noutros países”.
Segundo Rui Rocha, este deve ser “o ponto de partida para uma reforma profunda, que não se faz de um dia para o outro”.
“A área da Saúde é de falhanço total ou quase total da governação da AD. Os planos falharam sistematicamente. A situação das urgências é bom exemplo disso. As urgências fecham mais agora. Vários indicadores estão agora piores com a AD, apesar de algumas medidas positivas como a recuperação das cirurgias de oncologia”, afirma o cabeça-de-lista da IL por Braga, lamentando “a substituição de 43% das administrações hospitalares sem que se conheçam critérios”.
Rui Rocha defende o modelo das Parcerias Público Privadas (PPP) o mais adequado para a gestão de hospitais como o de Braga, já que pressupõe “modelos de gestão e de contratação mais flexíveis, com indicadores e objectivos que não existem nas unidades de saúde normais”.
O candidato da IL defende que “a expansão das capacidades do Hospital de Braga deve ser uma das prioridades da próxima legislatura”, tal como o arranque do novo Hospital de Barcelos. “Ao mesmo tempo que a oferta privada cresceu, no SNS tem havido dificuldade em construir novas unidades, como em Barcelos, impedindo o aumento das oferta pública”, explica.
Ao contrário da política fiscal e das prioridades nos sectores da Saúde e da Habitação, Rui Rocha não tem “uma divergência profunda com o caminho que a AD seguiu” em matéria de imigração.
“Temos de ter uma imigração regulada e com dignidade. Quem tem trabalha entra e quem cumpre a lei fica. Isso pressupõe uma ligação directa entre as necessidades da economia e a entrada de imigrantes. É uma posição completamente diferente da da esquerda”, afirma o cabeça de lista por Braga, que, no que diz respeita à concessão de nacionalidade, a aprovação “pressupõe a adesão a um conjunto de valores fundamentais’ como “a separação entre o Estado e a religião e o respeito pelas mulheres e crianças”.
Rui Rocha defende que “só devemos atribuir a nacionalidade decorrido o tempo necessário para termos a certeza da adesão a estes valores. Por isso entendemos os cinco anos um prazo curto. No nosso programa eleitoral temos a proposta de alargamento desse prazo. Seria uma boa base de discussão os dez anos”.
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