Antonieta Silva, directora do Agrupamento de Escolas Sá de Miranda, faz um balanço positivo da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. Foram 214 os alunos que concluíram o secundário na Sá de Miranda, dos quais 181 foram colocados em universidade e politécnicos.
“Correu muito bem, dentro do expectável de sempre. Tivemos 85% os alunos colocados na primeira fase, o que é bastante bom”, referiu Antonieta Silva, notando que a Universidade do Minho e o IPCA - Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, como tem sido tradição, são as instituições de ensino superior onde foram colocados mais alunos.

Na Universidade do Minho ficaram 77 dos 181 alunos colocados, enquanto que 37 estudantes que concluíram o secundário na Sá de Miranda foram colocados nas diferentes escolas do IPCA. De realçar ainda que no IPVC - Instituto Politécnico de Viana do Castelo foram colocados dez estudantes.
Relativamente aos cursos em que foram colocados os alunos, “há muita dispersão”, nota a directora.
O curso com mais alunos colocados, foi Educação Básica, com nove, seguindo-se Enfermagem com sete colocados.
Em Medicina, Direito e Finanças foram colocados seis alunos em cada curso.
Já em Turismo, Marketing e em Línguas e Literaturas Europeias foram colocados cinco alunos em cada curso.

Sobre o facto de o curso de Educação Básica ter atraído vários alunos da Sá de Miranda, Antonieta Santos considera “natural” depois do apelo que tem sido feito pelo Governo para colmatar a falta de professores. “Antigamente, havia a ideia de que estes cursos formavam para o desemprego. Agora a situação é totalmente inversa”, referiu a directora, notando que a empregabilidade também pesa na hora de optar por um curso, a par do gosto pessoal do aluno. “Em suma, o balanço é positivo. Colocar 85% dos alunos e significativamente bom, sendo certo que em universidades e politécnicos perto, o que indica que os alunos forma colocados naquelas que eram as suas principais opções”, rematou.

Gustavo Cunha na elite dos alunos que vão estudar Engenharia Aeroespacial

Engenharia Aeroespacial na Universidade do Minho é o curso em que foi colocado Gustavo Cunha, mais um aluno brilhante a destacar-se nas escolas de Braga. Entra no ensino superior com uma média de 193.4 valores.
Foi na Escola Secundária Sá de Miranda que Gustavo frequentou o ensino secundário.
Residente em São Vicente, Gustavo conta que tomou a decisão de seguir Engenharia Aeroespacial “mais ou menos a meio do 11.º ano”, pois até aí sabia apenas “que queria seguir a área de Ciências” e “até pensava que iria seguir o ramo da Física, talvez investigação”.

Como sempre foi “muito interessado em aviões, em satélites, no próprio espaço”, o curso de Engenharia Aeroespacial acabou por ser a opção mais natural para um aluno com notas de excelência e por isso com a liberdade de poder seguir qualquer área.
Do curso na universidade espera “gostar da matéria” e também que o conteúdo das disciplinas seja interessante.

Física foi até agora a sua disciplina favorita e, apesar de ter boas notas a tudo, confessa que Português era a disciplina menos favorita.
A entrada na universidade leva Gustavo a uma nova cidade, Guimarães, onde se localiza o Campus de Azurém da Universidade do Minho.
Gustavo já foi passear pela cidade, para ficar a conhecer melhor Guimarães, e também já decidiu que a opção vai ser por continuar a residir em Braga e “ir e vir todos os dias” de Guimarães.
A proximidade também foi determinante para Gustavo escolher a Universidade do Minho, confessa.

Antes da Escola Secundária Sá de Miranda, Gustavo Cunha frequentou o 1.º ciclo na EB1 da Quinta da Veiga e o 2.º e 3.º ciclos na Escola EB 2,3 Dr. Francisco Sanches.
Sempre teve boas notas, mas recorda que “no 8.º e 9.º ano”, baixaram ligeiramente “porque não estudava”. A normalidade foi reposta quando chegou ao secundário e se tornou um aluno de excelência. o segredo para ter tão boas notas é “muito estudo, mas sobretudo ter interesse por quilo que se está a aprender”.
As boas notas deixaram sempre a família orgulhosa, um orgulho que agora atinge outra dimensão com a sua colocação no concurso com a segunda média de acesso mais alta no país e onde foram admitidos apenas 31 estudantes.

A par das aulas, Gustavo também se dedicou durante alguns anos ao futebol, tempos que recorda com boas memórias.
“Até ao início da pandemia, eu jogava futebol no Soarense e gostava muito. Quando chegou a Covid-19, parámos de jogar e depois acabei por não retomar o futebol e inscrevi-me no ginásio, que ainda estou a frequentar”, conta
Hoje tem na actividade física o complemento para o estudo, pois acredita que a actividade física “ importante para tudo”.
Na hora de iniciar um novo ciclo na sua vida, Gustavo Cunha reconhece que “o Sá” foi muito importante, pelas amizades que fez e também pelas boas memórias que agora tem. Agora segue-se a vida universitária, onde terá oportunidade de conhecer novas pessoas, fazer novas amizades e sobretudo preparar-se para o futuro, numa área que o fascina.