Correio do Minho

Braga, terça-feira

- +
Satélite da Universidade do Minho já está no espaço
Os fantasmas de família de Mário Coelho em cena no Theatro Circo

Satélite da Universidade do Minho já está no espaço

Utentes da Biblioteca de Valença com Acesso Gratuito a Milhares de Jornais e Revistas

Satélite da Universidade do Minho já está no espaço

Nacional

2025-01-14 às 20h00

Redacção Redacção

A descolagem do foguetão, às 19:09 de Lisboa, ocorreu da base espacial de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos, com 11 minutos de atraso sobre a hora prevista e pôde ser acompanhada em direto a partir do Campus de Guimarães da UMinho

Citação

Portugal enviou hoje, às 19:09, mais dois pequenos satélites para o espaço, um da Universidade do Minho (UMinho) e outro da empresa LusoSpace, que seguiram a bordo do foguetão Falcon 9, da companhia norte-americana SpaceX.

A descolagem do foguetão, às 19:09 de Lisboa, ocorreu da base espacial de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos, com 11 minutos de atraso sobre a hora prevista e pôde ser acompanhada em direto a partir do Campus de Guimarães da UMinho.

O PoSAT-2, da LusoSpace, e o Prometheus-1, da UMinho, são o quarto e o quinto satélites portugueses a serem enviados para o espaço, depois dos nanossatélites ISTSat-1 e Aeros MH-1, em 2024, e do microssatélite PoSAT-1, em 1993.

O Prometheus-1 tem fins pedagógicos e é segundo nanossatélite a ser construído por uma instituição universitária portuguesa, depois do ISTSat-1, pelo Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.

O PoSAT-2 é o primeiro de uma constelação de 12 microssatélites para monitorização do tráfego marítimo e foi totalmente construído nas instalações da LusoSpace, em Lisboa.

Durante a transmissão feita pela UMinho, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, enalteceu, numa intervenção à distância, o papel da universidade, onde é docente, na "linha da frente" do setor espacial, que "ganhou uma relevância muito grande na Europa".

"É muito importante que Portugal participe neste desafio europeu", assinalou.

O PoSAT-2, que custou cerca de um milhão de euros, vai permitir receber dados sobre a localização de navios e ter um novo sistema de comunicação que possibilitará que, no meio do oceano, as embarcações possam, nomeadamente, receber alertas de mau tempo ou de possíveis ameaças de piratas e enviar mensagens de socorro.

O satélite ficará posicionado a pouco mais de 500 quilómetros de altitude da Terra, acima da Estação Espacial Internacional, a "casa" e laboratório dos astronautas.

Os primeiros contactos do satélite com a Terra são esperados em abril.

Os restantes 11 microssatélites da constelação serão construídos em 2025, com alguns deles a serem lançados no final do ano e outros no início de 2026, de acordo com a LusoSpace, que quis com a escolha da designação PoSAT-2 prestar "um tributo" ao PoSAT-1, o primeiro satélite português enviado para o espaço, em 1993, que continua em órbita mas inativo.

A constelação de microssatélites da LusoSpace, que envolve o contributo de outras empresas do setor, tem um custo total de 15 milhões de euros, comparticipado em 10 milhões pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O Prometheus-1 foi concebido como uma "ferramenta de ensino" para alunos de engenharia aeroespacial, eletrotécnica ou de telecomunicações, que poderão "fazer atividades de comando e controlo" ou "trabalhar com réplicas".

O minúsculo satélite, que se assemelha no tamanho a um cubo de Rubik (conhecido como 'cubo mágico'), vai ficar posicionado a cerca de 500 quilómetros de altitude da Terra e teve a parceria científica da Universidade de Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, e do IST.

Em 04 de março de 2024, o mesmo foguetão da SpaceX enviou para a órbita terrestre o nanossatélite Aeros MH-1, de um consórcio de empresas e instituições académicas, para observação do oceano Atlântico.

Quatro meses depois, em 09 de julho, o novo foguetão europeu Ariane 6 colocou no espaço o ISTSat-1, construído por alunos e professores do Técnico para testar um novo descodificador de mensagens enviadas por aviões, que permitirá a sua deteção em zonas remotas e aferir a viabilidade do uso de nanossatélites na receção de sinais sobre o estado de aeronaves, como velocidade e altitude, para efeitos de segurança aérea.

Deixa o teu comentário

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho