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2010-03-01 às 17h11
As mulheres com maior nível de educação lidam melhor com a doença do que as menos escolarizadas, indica um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) hoje divulgado.
As mulheres com maior nível de educação lidam melhor com a doença do que as menos escolarizadas, indica um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) hoje divulgado.
Desenvolvido no âmbito da tese de doutoramento da investigadora Margarida Figueiredo Braga, do Serviço de Psicologia Médica da FMUP, este estudo abrangeu cem mulheres entre os 20 e os 70 anos: 31 saudáveis, 31 com depressão e 38 com lúpus.
A autora escolheu o lúpus por ser 'uma doença crónica do sistema imunitário que afeta mais o sexo feminino e que está associada ao aparecimento de patologias psiquiátricas', explica a FMUP, em comunicado
'Os resultados demonstraram que a escolaridade tem um efeito claramente positivo sobre o bem-estar psicológico das doentes com depressão ou lúpus, reduzindo o sofrimento psicológico', sublinha a fonte.
Segundo a investigadora, 'as doentes deprimidas tinham significativamente menos anos de escolaridade e, sobretudo nos casos de depressão severa, o reduzido número de anos de escola estava associado a um quadro clínico mais grave'.
'Nas doentes com lúpus a educação relacionou-se com a frequência de emoções positivas ligadas a uma vida ativa, satisfação social e ocorrência de acontecimentos agradáveis', realça a faculdade.
Essa relação não foi encontrada em mulheres saudáveis, o que, para a investigadora, sugere que o valor da educação pode permanecer 'escondido' nas pessoas que não estão sujeitas a stress físico, mental ou ambiental.
'Perante uma doença, as mulheres mais escolarizadas, com maior capacidade de procurarem soluções e avaliarem os problemas de forma racional, têm mais hipóteses de se sentirem melhor', explica a investigadora da FMUP.
De acordo com Margarida Figueiredo Braga, 'a importância da educação na expressão da depressão não deve ser subestimada num tempo em que se pensa que esta patologia atingirá uma em cada cinco mulheres ao longo da vida'.
A descoberta da relação entre a educação e a resistência psicológica das mulheres à doença foi o resultado que mais surpreendeu a autora, mas o objetivo central deste trabalho científico foi analisar as relações entre a depressão e o sistema imunitário.
Os resultados confirmaram a existência de 'relações complexas entre as alterações de vários tipos de glóbulos brancos e a depressão'.
'Os linfócitos e citoquinas podem influenciar os níveis de serotonina, cortisol e triptofano, substâncias associadas a quadros depressivos quando os seus níveis se encontram alterados', refere a FMUP.
Alguns marcadores imunológicos mostraram também estar relacionados com a qualidade de vida em doentes com lúpus.
A autora recomenda a avaliação de parâmetros imunológicos para clarificar as diferenças individuais na resposta ao stress, à adversidade e doença física, e detetar mais precocemente a depressão.
Segundo a FMUP, 'a incidência da depressão tem vindo a crescer, bem como a evidência da sua associação com doença física', estimando-se que atinja '20 por cento da população portuguesa, sendo duas vezes mais frequente nas mulheres'.
+++ Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico +++
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