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Cávado

2024-09-15 às 12h30

Fábio Moreira Fábio Moreira

Até 18 de Outubro, a exposição ‘Universo de Livros Cartoneros’ estará patente na sede da ATAHCA, em Vila Verde. Objectivo passa por dar a conhecer ao território do Cávado a forma singular de trabalho dos livros ‘cartoneros’ da América Latina.

Citação

Entre 16 de Setembro e 18 de Outubro, a sede da ATAHCA, em Vila Verde, vai acolher a exposição ‘Universo dos Livros Cartoneros’. Esta exposição resulta de uma entre entidades como: Oficina de Ecologia e Sociedade Sociais da Universidade de Coimbra, a editora ‘Vento Norte Cartonero’, Casa da Esquina e Associação Animar.
De acordo com a ATAHCA, esta exposição visa dar a conhecer ao território do Cávado como é que as editoras de diversos países da América Latina, Europa e África publicam e a forma singular como elaboram os seus livros, traduzindo-se numa iniciativa cultural e literária que permite conhecer as origens e motivações de diversas obras.

Os livros ‘Cartoneros’ caracterizam-se por serem artesanais e produzidos com cartões e outros materiais reciclados que dão corpo a capas muito artísticas, o que também permite a aliança entre a leitura com a preservação ambiental e a sustentabilidade.
Este processo surgiu na Argentina, em 2003, e, desde então, tem-se difundido por outros países da América Latina.
A originalidade do livro ‘Cartonero’ reside no suporte que se usa para a elaboração das capas e no trabalho plástico que recebem, pois ao se empregar o papelão (‘cartón’ em espanhol) inverte-se o destino de um material típico da sociedade de consumo, os depósitos de lixo ou as empresas de reciclagem, para sua conversão através da criatividade em parte de um objecto que busca se inserir sob outra lógica no campo de bens simbólicos. Em tal sentido, a opção pelo papelão está ligada ao gesto da consciência ecológica na luta actual pela sustentabilidade do planeta, um gesto que não deixa de ser uma tomada de posição política.

A isso se acresce que o resultado das intervenções plásticas nas capas, usando diferentes técnicas, dá ao livro ‘cartonero’ uma certa ‘aura’, pois cada exemplar resulta único pela singularidade da mesma.
Criadas por pequenos grupos de pessoas ligadas ao fazer literário e cultural, em certos casos também a colectivos com preocupações políticas e sociais, as editoras ‘cartoneras’ funcionam muitas vezes como propostas de intervenção para lançar vozes e linguagens de sujeitos sempre silenciados, para tornar a escrita e a leitura práticas de maior incidência na vida quotidiana, sobretudo entre sectores que historicamente estiveram à margem da cultura letrada.

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