O dirigente da federação da área urbana de Lisboa do PS insistiu hoje na necessidade de construção de uma linha do TGV que ligue a capital portuguesa às outras capitais europeias de uma forma rápida e eficiente.

As direções do PS Lisboa e do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Badajoz vão reunir-se hoje na capital portuguesa para 'analisar a suspensão' da linha de TGV entre Lisboa e Madrid.

“A nossa intenção é reafirmar a ideia de que é necessária a construção da linha do TGV que ligue Lisboa, como capital do país, às restantes capitais europeias e que permita manter a região de Lisboa ligada às grandes regiões europeias por meio de transporte rápido e eficiente”, explicou à Lusa Marcos Perestrello.

O responsável salientou que a própria Comissão Europeia “anda a pressionar Portugal para que avance com este projeto”.

“Há uma comparticipação muito significativa nesse investimento de fundos europeus que, se não forem utilizados, serão perdidos”, salientou.

O dirigente socialista criticou ainda a “medida muito negativa e penalizadora do transporte público, que foi o aumento de 15% nos transportes públicos de Lisboa”.

“Essa medida é um atentado contra a mobilidade urbana e contra a mobilidade na região metropolitana de Lisboa. No fundo, é mais uma medida contra uma mobilidade moderna, energeticamente eficiente, que permita afirmar a cidade como uma capital europeia”, considerou.

Segundo um comunicado da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, na sessão de trabalho de hoje vão estar o presidente do município lisboeta, António Costa, e o secretário-geral do PSOE de Badajoz e porta-voz deste município espanhol, Celestino Vegas.

Os autarcas socialistas da Câmara de Évora, José Ernesto d’Oliveira, e da Câmara de Elvas, José Rondão Almeida, vão também participar no encontro.

O Programa do Governo português estabelece o compromisso de “suspender” o projeto de alta velocidade Lisboa - Madrid”, admitindo que 'poderá sujeitar-se o projeto a uma reavaliação, incluindo o seu conteúdo e calendário, numa ótica de otimização de custos, à luz de novos condicionalismos, e que deverá ter em conta o estatuto jurídico dos contratos já firmados'.