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Trabalhadores do comércio ganham aumentos salariais entre 4 e 9 por cento
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Trabalhadores do comércio ganham aumentos salariais entre 4 e 9 por cento

Braga

2024-08-10 às 06h00

José Paulo Silva José Paulo Silva

Associação Empresarial de Braga e sindicatos do comércio acordaram nova tabela remuneratória. Novo salários serão aplicados com efeitos retroactivos a Abril.

Citação

Os trabalhadores do sector do comércio do distrito de Braga vão ter este ano um aumento salarial entre os 45 e os 70 euros mensais, em função do nível da tabela de remunerações.
Este é o principal resultado da revisão da tabela salarial acordada entre a Associação Empresarial de Braga (AEB) e os sindicatos subscritores do Contrato Colectivo de Trabalho do Comércio do Distrito de Braga.
A actualização salarial entra em vigor após a sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego, que se estima possa ter lugar no decorrer do mês de Setembro. Porém, a direcção da AEB esclareceu ontem que “a tabela salarial e demais cláusulas com expressão pecuniária produzem efeitos a partir de 1 de Abril de 2024”.
A revisão da tabela salarial acordada entre a AEB e os sindicatos corresponde a aumentos entre os 4% e os 9%, a que se junta a actualização do subsídio de alimentação de 4,50 para 5,50 euros por dia.
Para o presidente da direcção da AEB, Daniel Vilaça, o acordo alcançado “teve em consideração a progressão que se observou no salário mínimo nacional e o contexto socioeconómico vivido na região, procurando conciliar uma valorização salarial efectiva dos trabalhadores do sector com as possibilidades das empresas”.
“É fundamental que o sector tenha salários competitivos, porque apenas deste modo conseguimos atrair e reter talento e aumentar os níveis de motivação e desempenho dos trabalhadores, mas sem nunca colocarmos em causa a sustentabilidade e competitividade das empresas”, entende o presidente da AEB, que considera que o acordo alcançado prevê uma “actualização salarial ambiciosa, mas responsável”.
Daniel Vilaça realçou a opção das duas partes de privilegiar a actualização dos salários dos níveis mais baixos da tabela, de forma a diminuir o intervalo entre estes e os níveis mais elevados, que, segundo o presidente da AEB, revelava uma “desproporção exagerada”.
“Consideramos importante que os trabalhadores com rendimentos menos elevados, pudessem ter um aumento mais significativo, porque foram e são os mais penalizados pela perda de poder de compra decorrente do a mento das taxas de juro e da inflação. É uma questão de justiça social”, alegou Daniel Vilaça.
Elogiando a abertura e flexibilidade demonstrada pelas enti-dades subscritoras do Contrato Colectivo de Trabalho, que permitiu que fosse alcançado um acordo positivo para todas as partes, o líder da associação empresarial saliento que, com a celebração deste acordo, “foi dado um novo e importante impulso à contratação colectiva e ao diálogo social entre empregadores e trabalhadores”.

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