Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) vão lançar esta semana o concurso público para a construção da Linha Vermelha do BRT (Bus Rapid Transit), que terá cerca de 6 Km e vai ligar a Estação da CP ao Hospital de Braga, passando pelo Campus de Gualtar da Universidade do Minho (UMinho).
A revelação foi feita ontem, no final da reunião de câmara, pelos administradores da empresa municipal de transportes, Teotónio dos Santos e Sandra Cerqueira.
Não foi divulgado o valor base deste concurso público que se destina à construção da linha Vermelha do BRT, pois está a ser ultimado o caderno de encargos.
Numa fase posterior será lançado um outro concurso para o material circulante e equipamentos de embarque.
“Pretendemos ter o projecto da linha vermelha completamente concluído em Junho de 2026”, afirmou Teotónio dos Santos, realçando a importância de avançar agora com o concurso para serem cumpridos os prazos do PRR.
O administrador também deu nota que já existe um “possível entendimento” com a Universidade do Minho sobre a passagem da linha do BRT pelo campus de Gualtar.
“Temos vindo a reunir com a reitoria e chegámos a um possível entendimento de acordo com uma proposta da própria reitoria”, afirmou, realçando que os TUB também já tiveram oportunidade para “apresentar essa proposta à nova equipa (liderada por Pedro Arezes), que em princípio irá gerir a UMinho a partir do final do próximo ano”.
Teotónio dos Santos avançou que o BRT seguirá, na zona do campus de Gualtar, por uma nova via, a abrir do lado da universidade e não da Quinta dos Peões.
A linha vermelha, que vai ter uma frequência de seis minutos, vai contar com 12 veículos, incluindo alguns de reserva.
O investimento, financiado pelo PRR, previsto para esta primeira linha do BRT de Braga é de 76 milhões de euros.
Teotónio dos Santos confirmou que a linha Amarela está “para já” suspensa.
“Tivemos de travar a linha amarela porque a Infraestruturas de Portugal (IP) não nos permitiu usar duas das vias, uma em cada sentido, na Av. António Macedo, como vias dedicadas para o BRT. Tendo em conta que a linha amarela também tinha cerca de 6 Km e que cerca de 2 Km pertenciam à IP, portanto seria um terço da linha sem via dedicada, e se juntássemos alguns pequenos troços (também sem via dedicada) no centro a cidade, não seria uma linha de BRT com uma via completamente dedicada”, explicou o administrador da TUB, acrescentando: “Tivemos de retirar para já a linha amarela do projecto para mantermos a linha vermelha dentro do prazo”.