Correio do Minho

Braga, quinta-feira

- +
Um país quase dez horas às escuras
Portugal é um exemplo a seguir na Investigação clínica e inovação biomédica

Um país quase dez horas às escuras

Dia do Agrupamento Sá de Miranda celebra sustentabilidade com apoio da Junta de Freguesia de Palmeira

Um país quase dez horas às escuras

Nacional

2025-04-29 às 06h00

Redacção Redacção

Corte generalizado deixou a Península Ibérica às escuras durante várias horas. Em Braga, situação começou a ser normalizada por volta das 21 horas. Apagão registou-se às 11.30 horas.

Citação

Foram quase dez horas de um país às escuras, em alguns casos até mais, numa situação impensável. Um corte generalizado no abastecimento eléctrico deixou, ontem, toda a Península Ibérica sem electricidade durante várias horas, sem que sejam ainda conhecidas as causas.
O apagão registou-se às 11.30 horas de Lisboa e a situação estendia-se a toda a Península Ibérica e parte do território francês, confirmou a REN – Redes Energéticas Nacionais ao final da manhã, avançando que os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia já estavam a ser activados.

Pouco depois das 15 horas, mais de três horas após o corte energético e depois de serem divulgadas várias notícias falsas sobre as causas, o primeiro-ministro falou aos jornalistas e afirmou que “tudo aponta” para que a origem da falha de energia esteja na interconexão com a Espanha, admitindo que “nada está afastado”, mas não existem quaisquer indicações de um ataque cibernético.
Também o Centro Nacional de Cibersegurança já tinha confirmado que não foram identificados indícios que apontem para um ciberataque na falha na rede eléctrica que afectou Portugal.
A primeira explicação chegou da distribuidora de energia espanhola Red Electrica, que adiantou tratar-se de um “incidente excepcional”, provocado por uma flutuação muito brusca no fluxo de energia da rede, de origem desconhecida, que provocou a desconexão de Espanha do restante sistema eléctrico europeu. Esta versão foi confirmada pela REN, que adiantou que, àquela hora, o sistema eléctrico português “estava num momento de importação”.

Na sequência do apagão, vários serviços essenciais conseguiram manter-se em funcionamento com recurso a geradores, como os sistemas telefónico e informático do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), hospitais e estabelecimentos prisionais.
O INEM admitiu no entanto que a meio da tarde perdeu o contacto com algumas ambulâncias, motas e viaturas de emergência médica, tanto via telemóvel, como através do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). Também os aeroportos da ANA accionaram os geradores de emergência, mas em Lisboa centenas de voos foram cancelados no Aeroporto Humberto Delgado e vários foram desviados para outros aeroportos, deixando milhares de passageiros à porta.

O fornecimento de energia foi restabelecido primeiro em algumas zonas dos distritos de Santarém e do Porto, próximas das centrais hídrica de Castelo de Bode (localizada no concelho de Abrantes, distrito de Santarém) e termoeléctrica da Tapada do Outeiro (Gondomar, distrito do Porto), onde a produção de electricidade foi recuperada.
Em Braga e na região, a energia começou a chegar por volta das 21 horas, num dia marcado por comércio e restauração fechados, farmácias sem poder vender medicamentos, trânsito intenso e ruas sem semáforos. Vários postos de combustível fecharam ao início da tarde e condicionaram o abastecimento, as comunicações móveis tiveram perturbações ao longo de todo o dia e algumas operadoras limitaram o uso de dados móveis para garantir a funcionalidade dos serviços essenciais.

Deixa o teu comentário

Banner publicidade

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho