É uma espécie de viagem no tempo, até à época renascentista, para dar a conhecer um dos “maiores” escritores portugueses e que escolheu Vila Verde para morar. Celebrar o passado e promover o futuro é o mote para mais uma edição da Feira Quinhentista - Sá de Miranda por Terras de Vila Verde. evento que decorre de 23 a 25 de Maio.
Cavaleiros e damas, monges e falcoeiros, espectáculos de espada, poesia declamada, música ao vivo, teatro de rua, dança, desfiles, demonstrações de armas, gastronomia medieval são as propostas do município para os três dias de feira, numa viagem ao período quinhentista e num mergulho na história, costumes e tradições da época.
Inspirado na obra do poeta do Neiva - Francisco Sá de Miranda -, a feira procura fomentar o interesse dos jovens pelas raízes e literatura, contando, por isso, com a participação massiva de todos os estabelecimentos de ensino do concelho.
“O objectivo é mesmo esse, é conseguir que Francisco Sá de Miranda seja conhecido por todos e trabalhar com as escolas, neste caso, todos os nossos agrupamentos, a escola secundária, a escola profissional, a academia de música, as nossas associações, ter envolvido os agrupamentos e as associações de pais é um bom sinal de que estamos a dar a conhecer um dos nossos maiores, uma figura notável que viveu em Vila Verde durante a grande parte da sua vida, que aqui escreveu, que aqui produziu a maior e a melhor parte da sua obra literária, que criou os seus filhos, que escolheu Vila Verde e que é o poeta do Neiva”, sublinhou a autarca Júlia Fernandes, na apresentação da Feira Quinhentista, lembrando que Sá de Miranda viveu em Duas Igrejas “uma boa parte da sua vida”.
“Vila Verde tem feito todo um trabalho de homenagem e de promoção e valorização de alguns dos nossos escritores e Sá de Miranda é, sem dúvida, um dos nossos maiores. É uma personalidade notável, com uma obra, extremamente, actual e o mais importante é que escolheu Vila Verde para viver”, frisou.
Num fim-de-semana “muito rico” em Vila Verde, Júlia Fernandes destaca as várias actividades - desde caminhadas, a peregrinação do Bom Despacho, Encontro Motard, em Prado, e Dia do Folclore, em Moure - culminando com a Feira Quinhentista, “um dos pontos fortes” do calendário.
Evento histórico coincide com a realização da Braga Romana e, segundo Júlia Fernandes, “é natural que possa haver públicos que tenham que decidir entre uma coisa e outra”, contudo, a presidente da câmara acredita que, como são as crianças das escolas as principais protagonistas, “as famílias venham e que as pessoas não vão deixar de vir”, “assim o tempo permita”.
“O tempo é condição primeira. Há pessoas para todos os eventos”, rematou.