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2020-06-01 às 06h00
Yoga e Pilates são filosofias de vida ancestrais. A instrutora Mónica Assumpção destaca que estamos “em processo de construção constante” e que, numa fase como esta, é imperioso manter a “mente flexível” e o “corpo ágil”.
Quem é a Mónica Assumpção?
R - Sou uma profissional especializada no Método Pilates Tradicional , proprietária, Directora Técnica e Gestora Administrativa do estúdio Pilates&Companhia, em Braga. A minha formação de base é Educação Física. A minha missão é ser professora, ensinar e fazer com que o meu aluno (seja um professor em estágio no meu espaço, seja um cliente/aluno que procura os meus serviços), aprenda e consiga tirar o maior proveito possível daquilo que estou a ensinar. Fui jogadora de voleibol federada no Brasil e em Portugal, participando nos campeonatos das Federações de Voleibol dos dois países durante 16 anos. Sempre trabalhei na área do ‘fitness/welness’, sendo que no Gymnasium e no Fitness Club de Braga, onde fui directora técnica e professora de diversas modalidades, estive durante maior tempo. Nos últimos anos dediquei-me mais ao Pilates e fui progressivamente me aprofundando neste fabuloso método até perceber que o Pilates Tradicional é a base e o complemento para todas as actividades físicas.
Nesta altura, abri o meu próprio estúdio e há 12 anos dedico-me totalmente a trabalhar corpos e mentes através do Método Pilates Tradicional.
Qual foi o primeiro contacto na sua vida com o yoga e o pilates?
R - Como estava sempre a fazer formações em novas abordagens e possibilidades de trabalhar os corpos dos meus alunos, um dia, há muitos anos atrás, fiz a primeira formação de Pilates. A partir daí, foi sempre aprofundar conhecimentos no método e há 12 anos dedico-me em exclusividade ao pilates e estou sempre a fazer formações e reciclagens. Nesta fa-se, estou a fazer uma formação ‘on line’ de longa duração, com uma grande mestra, que reside no exterior.
O que lhe despertou esse interesse?
R - Eu percebi que o pilates era diferente de tudo que eu tinha feito até então. E eu já tinha feito muitas coisas, desde ginástica aéróbica até 5 BTS em simultâneo. Eu percebi que se tratava de trabalhar o corpo e a mente a partir e através da sua essência. Não era a mera repetição de movimentos. Era a essência, a base dos mo- vimentos a ‘construir’ um corpo e uma mente fortes e flexíveis.
Estamos perante práticas que envolvem mais do que o aspecto físico. São métodos ancestrais centrados numa filosofia de vida.
Pode explicar-nos o que representa num ser humano?…
R - Quando repetimos movimentos, fazemos movimentos automáticos. A partir do momento em que os decoramos e automatizamos, podemos estar a pensar em qualquer coisa em simultâneo: o que vou fazer ao jantar, que filme vou ver, etc. No Pilates a nossa mente está o tempo todo focada e centrada no que estamos a fazer, nas sensações do corpo, na respiração, no aprofundar destas sensações para melhorar a performance: força, flexibilidade, mobilidade. Trabalhamos o ‘corpo interno’, responsável pela musculatura postural, o ‘corpo externo’, responsável pela musculatura locomotora, mais dinâmica e a mente, que controla todos os padrões de movimentos, internos e externos, que estão sempre em sinergia.
Numa fase como esta que estamos a viver, e sabendo que é uma pratica mais interna do que externa, que benefícios pode ter?
R - Para além dos benefícios físicos, que passam por manter um corpo funcional, saudável e ágil, os benefícios a nível de alívio do stress, foco, libertação de tensões e melhoria da auto-estima e bom humor são importantíssimos e fundamentais nesta fase que estamos a viver. Um corpo liberto de tensões, uma mente desperta e os sentidos apurados são sem dúvida uma mais-valia nesta altura de enorme desgaste, provocado por uma pandemia mundial e também por momentos de confinamento. Além disso há a tensão do regresso aos trabalhos, a uma nova rotina na vida de cada um.
Diz-se que quando mais pratica, mas percebe que precisa de aprender. Porquê?
R - Porque quando não sabemos nada, a nossa ignorância é a única referência. Quando começamos a praticar, a descobrir o método e através dele o corpo, as sensações, a nossa consciência corporal começa a despertar e abre-se um novo mundo dentro de nós. A perfeição dos movimentos passa a ser o nosso objectivo, e, como a perfeição é inatingível, estamos sempre a praticar e a evoluir, a descobrir novas sensações, o que é um processo de crescimento que nos dá um prazer incrível.
E o pilates? Tem a ver mais com mobilidade e aspectos físicos?
R - O pilates, principalmente na sua linha tradicional, mais pura, mais autêntica, tem a ver com saúde do corpo, agilidade da mente, força do espírito. É uma filosofia de vida. É uma maneira de estar no mundo e na vida. Mais conscientes de nós mesmos, mais autónomos, libertos de tensões. O corpo mantém-se funcional apesar da idade avançar e não é um empe- cilho, mas sim um aliado para toda a vi-da.
10 Janeiro 2021
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